O Presidente do Grupo Parlamentar do PS Açores afirmou, esta quinta-feira, na cidade da Horta, que nos Açores “não abdicamos de afirmar a importância do Estado Social. O Estado Social faz parte da matriz ideológica do PS”, garantiu Berto Messias no início das jornadas parlamentares dos socialistas açorianos, subordinadas ao tema “Políticas Sociais – Pilar de Desenvolvimento.
Os socialistas açorianos reconhecem os constrangimentos motivados pelas atuais circunstâncias, mas garantem que, nos Açores, as reformas necessárias serão feitas para defender a sustentabilidade das políticas sociais como setores estratégicos para o futuro. “Temos de continuar o caminho seguido, mantendo o que está bem feito e melhorando o que for necessário melhorar. Apesar do muito que já foi feito, temos um caminho importante a percorrer no sentido de ir mais longe em termos das políticas de apoio à criança e de apoio à natalidade”, afirmou Berto Messias.
O líder da bancada socialista defendeu ainda que o próximo Plano e Orçamento “deve manter os níveis dos apoios sociais tais como o Complemento Regional de Pensão, o Complemento de Abono de Família, o Programa de Apoio à aquisição de medicamentos e os apoios no âmbito da ação social escolar. Desta forma é que estamos a colocar a nossa autonomia ao serviço das pessoas.”
Berto Messias referiu a necessidade de proceder a reformas para garantir a sustentabilidade das políticas sociais. “Para o PS poupar e racionalizar não significam fazer um exercício de cortes de despesa numa folha de Excel sem pensar nas pessoas que são afetadas. Significa, isto sim, procurar racionalizar para garantir eficiência, eficácia e melhoria da qualidade dos serviços prestados. Mas isso tem que ser feito sem preconceitos ideológicos e tendo como objetivo ajudar as pessoas. As reformas necessárias nos Açores não serão feitas, como acontece a nível nacional, nas costas dos cidadãos”, afirmou.
“Líder do CDS ainda não digeriu os últimos resultados eleitorais”
O líder parlamentar do PS Açores, Berto Messias, desafiou as restantes forças políticas a participar no debate e no esforço de apresentar soluções para a sustentabilidade dos setores estratégicos da autonomia regional. “Todos os contributos são importantes. É legítimo criticar e fazer diagnósticos, mas é responsabilidade de todos apresentar propostas sérias e exequíveis”. Berto Messias reafirmou que o grupo parlamentar do PS não irá contribuir para números de circo mediático. Reagindo às declarações proferidas, esta quinta-feira, pelo líder do CDS PP acerca do Serviço Regional de Saúde, Berto Messias considerou “lamentável o registo utilizado. São comentários impróprios para um dirigente político e mostram que o líder do CDS ainda não digeriu os resultados eleitorais. Em vez de perder tempo nesta guerrilha constante e permanente, o líder regional do CDS devia estar a pressionar o seu partido a nível nacional para que o governo da república pague o que deve aos Açores, no âmbito dos subsistemas de saúde, o que cobriria as necessidades financeiras adicionais dos hospitais regionais”, afirmou Berto Messias.